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Numa tandem, o stoker não é garupa – por Viviane Fuentes Tandem em francês quer dizer “a dois” e é também o nome da bicicleta de dois lugares, muito popular na França e nos Estados Unidos. Na Europa, as tandems têm boa colocação em competições e na América do Norte é mais utilizada para passeio entre parceiros e pais e filhos. Para nós brasileiros, ela ainda é um “OVNI”, não está inserida como categoria em várias competições e não deve passar de mais de uma centena em todo o território nacional. É que não faz parte da nossa cultura bicicleta a dois, e mesmo o curtir a dois. Para o público comum, é mais vista e conhecida por ser aquela magrela engraçada que se aluga no parque. O conceito da tandem mudou, modelos evoluíram em design e resistência, preparados para viagens de longa distância e para o MTB, vão além, trilham montanhas, estradas e praias. A curiosidade é grande, por isso vamos esclarecer um pouco mais sobre esse tipo de bicicleta que, a cada dia que passa, aumenta o número de adeptos, dos passeios às competições. A propósito, tandem se escreve com “t” minúsculo, ela é bicicleta, categoria e estilo de vida, mas não é nome próprio, nem marca, ok?! Uma das grandes e falsas impressões que aqueles que nunca pedalaram essa bicicleta têm é de que o stoker não pedala. O stoker é aquele que está na parte traseira da tandem e não se chama “garupa” pelo simples motivo de não ser garupa, não estar de carona. Sua responsabilidade é diferente, porém tão grande quanto à do piloto - pedalar é vital – quando dois corpos estão na tandem, ela só funciona com quatro pernas em movimento. A engrenagem é a dois, pifou um dos bimotores, o caro não funciona – se, quem estiver atrás na tandem, deixar de pedalar ou não manter o ritmo de quem está na proa, trapaceia. Uma característica é fato, o stoker não está no comando, e terá que superar problemas de submissão, se acaso os tiver. Confiança e sincronia são os substantivos que devem guiar ciclistas nessa bicicleta. O piloto tem o timão do barco e o stoker, atento em todos os sentidos, se deixa ser navegado, não carregado. A dupla pedala junto e constante a subida muito íngreme - às vezes, até mais devagar que um pedestre - e desliza a 90 km por hora a longa ladeira. Divide socos, sufocos e alegrias. O stoker não precisa “ver” para pedalar, apenas trabalhar outros sentidos, ser a cauda do corpo do piloto – e o bacana é que deficientes visuais brasileiros já começam a procurar a tandem! Nem melhor nem pior que uma bicicleta normal, apenas diferente, com outras regras para se manter em pé e em movimento. Assim é a tandem. Funciona “a dois” mesmo, como diz e sugere o próprio nome! Temos apenas que sair do centro do umbigo e compartilhar a experiência de pedalar numa boa, numa tandem, ambos, piloto, mais conhecido também como capitão, e stoker. Viviane Fuentes dirije o site cultural www.veep.com.br, lá está o diário “Numa Tandem: 650 km, 9 dias, 1 viagem” onde ela relata a experiência de percorrer a Estrada Real com o marido Mathieu Gillot. Juntos, eles pedalam numa tandem desde 2003. Ele, capitão, ela, stoker. |
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